DIADORIM VOLUME 28.1 - Dossiês de Língua e Literatura

2025-07-17

 Diadorim: revista de estudos linguísticos e literários

UFRJ – Programa de Pós-Graduação em Letras Vernáculas

2026, volume 28, número 1, dossiês temáticos de língua e literatura

Chamada para artigos: DIADORIM VOLUME 28.1 – DOSSIÊS de Língua e de Literatura (TEMÁTICOS) - 2026

Período de submissão: 20/08/2025 – 01/03/2026

Informamos que é possível submeter, A PARTIR DE 20 de agosto de 2025 e ATÉ 01 de março de 2026, artigos científicos para o processo de avaliação, por pares/duplo-cego, de nosso periódico para publicação no número 1 do volume 28 da Diadorim - revista de estudos linguísticos e literários 2026, do Programa de Pós-Graduação de Letras Vernáculas (Cursos de Mestrado e Doutorado) da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (http://www.posvernaculas.letras.ufrj.br/pt//). Desse número, constarão dois dossiês: um de língua e outro de literatura. Ambos são temáticos. A organização e a edição dos dossiês desse número estão sob a responsabilidade de pesquisadores experientes da área de Letras e Linguística. Ambos lidam com a ideia de acervos (de dados/textos/obras).

Os dossiês de língua e literatura do terceiro número, ESPECIAL, do volume 28 da Diadorim: revista de estudos linguísticos e literários recebem submissões, em Português, Inglês, Francês, Italiano e Espanhol, para o número com dois dossiês.

 

Dossiê de L´íngua

Diálogos contemporâneos nas Humanidades Digitais: salvaguarda e usabilidade de coleções de dados de línguas

 A crescente digitalização dos acervos linguísticos e o avanço das tecnologias baseadas em Big Data têm impulsionado novas abordagens na pesquisa sobre patrimônio plurilinguístico e pluridialetal. Nesse contexto, torna-se urgente tratar de múltiplos aspectos relativos ao ciclo de vida de ciência orientada a dados, abrangendo desde o planejamento, a coleta, a organização e o armazenamento até o tratamento, a análise e a disseminação das informações. Para tanto, a chamada para este dossiê busca reunir contribuições que apresentem iniciativas contemporâneas voltadas à otimização de boas práticas de gestão de recursos de pesquisa na área de Linguagens, bem como ao desenvolvimento de políticas de trabalho, informação e tecnologia associadas a Big Data.  Além disso, tenciona mobilizar a consideração de  princípios, infraestruturas e ferramentas (a serem) incorporados nesse ciclo de vida. 

Convidamos a comunidade a submeter artigos com abordagens interdisciplinares que dialoguem com campos como Linguística (especialmente, Sociolinguística, Gramática de Construções, Modelos de Linguagem em Larga Escala), Humanidades Digitais, Ciências da Computação e da Informação e Engenharia de Dados, entre outros.  O dossiê também acolhe reflexões sobre os desafios éticos, técnicos e epistemológicos envolvidos na integração de novas tecnologias à pesquisa em ciências da linguagem, que podem ser pautadas, entre outras questões, pelas seguintes:

(i) Quais são as tendências atuais no Brasil e no mundo relativas à coleta (por meio de pesquisa de campo ou acesso a fontes de textos), organização, armazenamento e aplicabilidade de coleções de dados de línguas, tendo em vista avanços tecnológicos e interesses de diferentes campos da grande área de Letras e Linguística e de outras grandes áreas do saber?;

(ii) Quais são, como operam e que resultados revelam iniciativas de tratamento da diversidade nas línguas, na seara de aspectos fonético-fonológicos, prosódicos, morfológicos, lexicais, morfossintáticos, sintáticos e/ou textuais-discursivos, desenvolvidas com atenção a boas práticas em ciência e educação abertas e cidadãs? 

(iii) Quais são os potenciais e as repercussões de coleções de dados que contemplem especificidades e variabilidades de línguas para treinar aplicações de modelos de linguagem e desenvolver soluções de Inteligência Artificial, tendo em vista, por exemplo, o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (https://www.gov.br/lncc/pt-br/assuntos/noticias/ultimas-noticias-1/plano-brasileiro-de-inteligencia-artificial-pbia-2024-2028)?

(iv) Qual é a aplicabilidade do conhecimento advindo do tratamento de coleções de dados linguísticos para espaços científicos, políticos, educacionais, museológicos, turísticos, midiáticos, negociais e/ou para objetivos do desenvolvimento sustentável?

(v) Que iniciativas têm relacionado diferentes campos do saber no enfrentamento de questões relativas a dados linguísticos, como a articulação transdisciplinar vem sendo implementada e qual tem sido seu alcance?

 

Editores Convidados, Dossiê de Língua:

Marcia dos Santos Machado Vieira (Brasil, UFRJ, Linguística, Literatura e Artes - Língua Portuguesa, CNPq, FAPERJ)

Maria Luiza Machado Campos (Brasil, UFRJ, Ciências Exatas e da Terra - Ciência da Computação)

Marcos Luiz Wiedemer (Brasil, UERJ, Linguística, CNPq, FAPERJ)

Carla Valéria de Souza Faria (Itália, Universidade de Trieste, Ciências Jurídicas, da Linguagem, da Tradução e da Interpretação)

 

Dossiê de L´iteratura

Arquivos e acervos

No segundo semestre de 2015, a Revista Z Cultural (PACC/UFRJ) dedicou seu dossiê, organizado por Reinaldo Marques, ao tema “Arquivos, Coleções e Ficções”, motivado não apenas pela “disseminação do conceito de arquivo” , mas especialmente pela “nova compreensão dos arquivos” em decorrência, sobretudo, da “virada arquivística” (archival turn) detectada a partir da década de 1990, em que o arquivo passa a ser compreendido tanto como produção de conhecimento, quanto como produção artística, quando o artista/escritor se transforma também em arquivista.

Não é pequeno o volume de produções críticas e de pesquisa decorrente dessa emergência do arquivo e de seus acervos, sejam pessoais, sejam institucionais, como questão teórica, filosófica, crítica, artística-literária e política. Arquivos se cruzam, em alguma medida, com a noção de acervos, se pensarmos, especialmente, nos acervos de escritores, acervos de revistas, livros, correspondências, por exemplo. Ou nas revistas como arquivos. Muitas vezes, nos deparamos com lugares onde o institucional e o subjetivo também se cruzam, em espaços de circulação e intersecção de discursos críticos, literários, culturais, artísticos.

A despeito da produção crítica existente, é preciso avançar e ampliar a reflexão. Ao lado das discussões conceituais, impõe-se também a discussão metodológica, que inclui problemas de gestão e preservação, ambas impactadas pela transformação rápida dos meios de produção, circulação e difusão de documentos em sistemas eletrônicos. Como lidar com o conceito e com a existência do arquivo diante do digital e do virtual?

Assim, a Diadorim (PPGLEV/UFRJ) revisita o tema e convida à submissão de artigos que atualizem e ampliem a discussão.

Reflexões propostas para este número:

Como elaborar o arquivo a partir do acervo? Quais são os cruzamentos possíveis? 

Como rearmam a história e a memória cultural?

Reflexões a partir do arquivo enquanto instância material e teórica.

Reflexões sobre o arquivo como material e como tema da arte e da literatura contemporâneas.

Acervos físicos e digitais (criação de novas possibilidades de retornar a fontes antigas, por exemplo, por meio do suporte digital).

Acervos e arquivos: entre o que preserva e o que se perde.

Quais são os possíveis futuros para arquivos e acervos?

Como pensar a existência de uma “Literatura arquivística”, por analogia com uma “arte arquivística”, que permite uma reelaboração das experiências do passado?

 

Editoras Convidadas, Dossiê de Literatura:

Maria Lucia de Barros Camargo (Brasil, UFSC, Linguística, Literatura e Artes - Literatura)

Laíse Ribas Bastos (Brasil, UFRJ, Linguística, Literatura e Artes - Literatura)

 

 

**Template para a versão final dos artigos (que, na versão de submissão, não devem ter autor identificado): https://drive.google.com/drive/folders/1bk_RRV5bENY-Tt6mfJ5O4jJqJnu4kH6_?usp=sharing

***Para mais informação: https://revistas.ufrj.br/index.php/diadorim/about/submissions