Uma filiação evânica da literatura ocidental
DOI:
https://doi.org/10.35520/diadorim.2025.v27n1a67982Resumen
Ao longo da tradição ocidental, a literatura foi filiada a uma linhagem patriarcal orientada por um princípio adâmico: o ato de nomear pela primeira vez. Dois textos cruciais atestam essa filiação: Sobre a linguagem em geral e sobre a linguagem do homem, de Walter Benjamin, de 1916, e Arte como procedimento, de Viktor Chklóvski, de 1917. Esses ensaios podem ser lidos como exemplos paradigmáticos de textos fundadores de um modo de ler a literatura no século XX. Seja por uma linha filosófica benjaminiana, seja por uma linha literária do formalismo russo, o que esteve em jogo em ambos os ensaios foi a constituição de uma metáfora para ler a literatura que necessariamente foi forjada em um dos mitos fundadores da gênese da cultura ocidental, o Gênesis. Esse ensaio busca enunciar caminhos possíveis para uma filiação evânica e não adâmica da literatura ocidental. O objetivo desse deslocamento é extrair consequências teóricas de uma perspectiva que não foi privilegiada pela tradição do pensamento ocidental, bem como tecer uma leitura propositiva acerca de uma outra possibilidade de filiação da literatura que não seja pela figura de Adão e sua regência pelo Pai.
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