Colonialidade como herança de um tempo reconfigurado: uma leitura do romance Bom Dia, camaradas, de Ondjaki.
DOI:
https://doi.org/10.35520/diadorim.2025.v27n1a68296Abstract
O romance Bom dia, camaradas, do autor angolano Ondjaki, publicado em 2001, narra os dias do menino Ndalu. Assumindo a perspectiva dessa personagem como narrador da trama, o romance retrata os dias desse menino enquanto enfrenta e questiona as situações de uma Luanda marcada pelas contradições do tempo seguinte ao processo de guerra anticolonial. Esse momento da história de Angola é caracterizado pelas dinâmicas da guerra civil e da Guerra Fria, dois aspectos que não podem ser entendidos separadamente e que estão constantemente interligados pelas observações que o narrador personagem insere constantemente ao longo do romance. O presente trabalho pretende apontar as marcas dessa relação interna e externa vivida em Angola, levando em consideração as cenas literárias em que essa dinâmica se torna evidente. O objetivo é pensar como a literatura possibilita um olhar crítico da geopolítica com base em estratégias narrativas mobilizadas com o foco narrativo.
A narrativa, portanto, acaba por apontar muito mais uma continuidade de um tempo herdado do colonialismo do que a superação da condição colonial no período posterior a independência do país.
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