A INACESSIBILIDADE DE UM CURRÍCULO EMBRANQUECIDO NA FORMAÇÃO DE ALUNADOS NEGROS: PESPECTIVA DE CRIANÇAS E JOVENS EM IDADE ESCOLAR DO PROJETO ESPERANÇAR

Autores

  • Catarina DOS SANTOS VITORINO DE OLIVEIRA COLÉGIO DE APLICAÇÃO DA UFRJ
  • MARIANA DE SÁ ALCANTARA GOMES FACULDADE CESGRANRIO

DOI:

https://doi.org/10.59488/92

Resumo

O currículo é um dos principais instrumentos das instituições de ensino e desempenha importante papel nas interfaces sociais e políticas da sociedade, refletindo as relações sociais e estruturais sociais. Um currículo branco e eurocentrado valoriza os saberes brancos, invisibilizando e inferiorizando qualquer outro tipo de saber. Com isso, é possível dizer que dificilmente esse tipo de currículo vai atingir os alunados aos quais ele se destina já que, em sua maioria, são alunos negros e periféricos. O Grupo Esperançar, projeto social da zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, oferece um programa de reforço escolar elaborado a partir da reflexão acerca do currículo embranquecido e da necessidade de se estabelecer meios para promoção de uma educação que parta de conhecimentos que façam sentido para as crianças daquele território. Esta proposta de educação entende o movimento negro como um movimento educador que busca basear suas práticas em ações quilombistas, em conjunto com o território, promovendo um saber emancipatório e ancestral. 

 

Palavras-chaves: currículo; educação quilombista; projeto social; território; emancipação social.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Catarina DOS SANTOS VITORINO DE OLIVEIRA, COLÉGIO DE APLICAÇÃO DA UFRJ

Graduada em Licenciatura em Pedagogia pela Faculdade Cesgranrio (2023), atualmente atua como Professora no Setor Multidisciplinar do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Possui experiência na área de Educação Escolar e Popular. É Coordenadora voluntária do núcleo de educação do grupo Esperançar, localizado na Zona Oeste do Rio de Janeiro, o qual foi laureado com o Prêmio Paulo Freire de Educação Popular pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ). Em reconhecimento às suas contribuições, foi homenageada com uma moção da Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Dedica-se como pesquisadora e palestrante às temáticas de educação popular e periférica, racismo ambiental, ações quilombistas em articulação com territórios, movimentos sociais, ações afirmativas e educação em terreiros. 

MARIANA DE SÁ ALCANTARA GOMES, FACULDADE CESGRANRIO

Possui doutorado em Psicossociologia de Comunidades e Ecologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (EICOS -2007); mestrado em Educação em Ciências e Saúde pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (NUTES - 2001), Bacharelado em Comunicação Social, com habilitação em Radialismo, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO - 1997) e formação em Arteterapia (Atelier Eveline Carrano - AARJ - 2015). Atualmente é professora adjunta do Curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade Cesgranrio, membro do NDE do Curso de Pedagogia, membro do NEXT (Núcleo de Extensão e Treinamento) e coordenadora dos projetos de extensão Fala Escola! Intercâmbio de Saberes com a Educação Básica e Pedagogia nas Redes e professora no Mestrado Profissional em Avaliação da Faculdade Cesgranrio. É arteterapeuta e professora colaboradora no Atelier de Artes e Terapias Eveline Carrano.

Downloads

Publicado

2025-04-19