Literatura e Política em Deleuze

Proust, Kafka e Melville

Auteurs

DOI :

https://doi.org/10.59488/tragica.v17i2.64619

Résumé

Ao longo de sua obra – sozinho ou em parceria com Félix Guattari –, Deleuze recorre à literatura para levantar problemas e propor novos conceitos. A proposta deste artigo é explicitar o uso que o filósofo faz da arte literária por meio de uma análise de três casos: Proust, Kafka e Melville. O foco é a importância de cada um destes escritores para a recolocação de seus problemas políticos. Assim, em Proust e os signos, a conexão entre os conceitos de signo e estilo promove uma política da língua que coloca em questão a noção de Todo, fazendo emergir um novo olhar de conjunto, de unidade derivada. Em Kafka: por uma literatura menor, escrevendo com Guattari, a questão é a maneira pela qual Kafka explora o uso que a minoria judaica de Praga faz do alemão padrão para desmontá-lo e, com isso, arrastar as coordenadas do campo social na direção de um “devir-minoritário”. Em seu ensaio sobre Melville (Crítica e clínica), a fórmula “Eu preferiria não” dispara o desenvolvimento de uma tipologia de personagens em que Bartleby e Billy Bud, de um lado, e Ahab e Claggart, de outro, aparecem como antípodas que permitem tensionar o ideal democrático norte-americano e abri-lo para novas conexões (um devir-democrático).

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Bibliographies de l'auteur

Mariana de Toledo Barbosa, UFF

Graduada em Psicologia (UFRJ), Mestre em Teoria Psicanalítica (UFRJ), Doutora em Filosofia (UFRJ/Paris X), Pós-doutora em Teoria Psicanalítica (UFRJ) e em Filosofia (UFF), Professora de Filosofia do Programa de Pós-Graduação em Filosofia e do Departamento de Filosofia (UFF). Coordenadora do Grupo de pesquisa "Deleuze: filosofia prática".

Ovídio Abreu, PUC-RJ

Professor de Filosofia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ).

Paulo Domenech Oneto

Professor de Filosofia na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO-UFRJ)

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Publiée

2024-09-06