Artes plásticas, educação e favela

aprendizagens desde a Providência Agroecológica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.60001/ae.n49.10

Palavras-chave:

Artes visuais, Conhecimento, Territorialidade, Morro da Providência, Agricultura urbana

Resumo

O artigo apresenta as vivências com artes plásticas conduzidas pela Providência Agroecológica, organização da sociedade civil do Morro da Providência, Rio de Janeiro. O objetivo foi analisar possibilidades e limites das artes plásticas na constituição de conhecimentos e relações com grupos populares. O percurso vivenciado teve como orientação metodológica a Educação Popular e como inspiração principal as práticas culturais e pedagógicas do Movimento Agroecológico. Um conjunto de expressões artísticas foi vivenciado coletivamente com mulheres, crianças e adolescentes, com realização da “Caravana Cultural da Favela”, envolvendo organizações ambientais de favelas do Rio de Janeiro; da mostra de artes visuais “Afável - Arte, Agroecologia, Favela” e de uma série de paineis públicos no Morro da Providência. Discussões foram desenvolvidas à luz das contribuições de estudos de(s)coloniais / comprometidos com a tarefa da descolonização. Os aprendizados apontam para as possibilidades do trabalho artístico e educativo potencializarem o acesso e a apropriação a equipamentos e bens culturais; o reconhecimento e assunção da identidade de artista pelo conjunto dos sujeitos envolvidos; e a ampliação das formas de ação e incidência de grupos populares, artistas, educandos e educadoras/es, no contexto de um processo continuado de comprometimento com um território e sua transformação.

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Biografia do Autor

Lorena Portela Soares, Fundação Oswaldo Cruz

É pesquisadora da Agenda de Saúde e Agroecologia da Vice-presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde, Fundação Oswaldo Cruz (VPAAPS/Fiocruz) e cocoordenadora da organização Providência Agroecológica.

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Publicado

11-08-2025