Circuladô de Fulô: as pétalas da poesia russa de vanguarda no Brasil
Resumo
Este trabalho tem por objetivo apresentar a trajetória da tradução e recepção da poesia russa, sob o recorte de vanguarda, no Brasil em três tempos: o primeiro modernismo, a poesia concreta e o tropicalismo. Dentro do escopo proposto, apresentou-se uma exposição crítica que parte da primeira menção aos poetas russos, como Maiakóvski e Blok, no ensaio de Mário de Andrade “A escrava que não era Isaura” e chega em Caetano Veloso com a presença de um verso de Maiakóvski na canção “Circuladô de Fulô”, composta a partir do fragmento de Haroldo de Campos em Galáxias. O traçado de tal percurso funda-se na tese acerca da organicidade que a poesia russa de vanguarda tomou no Brasil, adquirindo contornos próprios e, ao ser incorporada na música, cumprindo com o desejo modernista antropofágico de Oswald de Andrade. Por fim, também se levantou contradições inerentes a própria organicidade tradutória e sua relação com o sistema cultural brasileiro.
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