Poesia antiga em tradução: mulheres fazendo a diferença
Resumo
O recente movimento no meio acadêmico e editorial anglófono de mulheres traduzindo e publicando literatura antiga de matrizes greco-romanas tem feito vir à tona passagens poéticas que expõem a violência existente nesses textos, tanto agressões sexuais como emocionais e epistêmicas. As traduções de Homero e de Ovídio publicadas por Emily Wilson e Stephanie McCarter, respectivamente, revelam seu ativismo contra o patriarcado e a misoginia, além da abertura para discutir os processos de trabalho com o grego antigo e o latim – posturas que as situam como intelectuais da escrita, a identidade que a/o profissional da tradução vai conquistando no século XXI. Esse novo contexto revela maior aceitação do texto traduzido marcadamente feminista e instiga o debate sobre a prática tradutória como atividade crítica e transformadora.
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