Ideas ilustradas y procedimientos ficcionales en Lazarillo de ciegos caminantes
DOI:
https://doi.org/10.1590/1517-106X/2025e68358Resumo
Publicado no contexto das reformas bourbônicas na América, o relato de viagem Lazarillo de ciegos caminantes, do espanhol Alonso Carrió de la Vandera, marca a literatura do século XVIII pela concepção de um narrador indígena, Concolorcorvo. Este trabalho examina a utilização desse narrador como ferramenta discursiva empregada por La Vandera, bem como suas implicações formais para a obra no que diz respeito à observação da sociedade colonial atravessada pela perspectiva ilustrada do autor. Analisamos dois aspectos estruturais do livro que o aproximam da ficção ao passo que, paradoxalmente, nos permitem vislumbrar suas ideias reformistas: a presença de casos que, partindo da observação do particular, ganham transcendência moral e social e, por outro lado, os diálogos entre o narrador indígena e o visitante espanhol, cujo jogo proposto pelas máscaras lhe permite avançar no seu juízo implacável dos modos de vida testemunhados nos vastos territórios visitados.
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