Entre caudas e prolongamentos: os desafios da leitura paleográfica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24206/lh.v7i3.42524

Palavras-chave:

Paleografia. Filologia. Manuscrito. Abreviaturas. Feitiçaria.

Resumo

O presente trabalho analisará documento processual eclesiástico que data do século XVIII, elaborado em São Paulo. A identificação dos punhos e a análise da variabilidade da escrita serão os pontos centrais do estudo, que tem como objetivo o estabelecimento dos grafemas e identificação das similaridades entre as letras de mesmos punhos. A metodologia utilizada para analisar a escrita documental foi o estudo comparativo entre as aplicações realizadas pelos diferentes punhos, bem como a incidência do uso de sinais abreviativos, que podem apresentar uma caracterização dos escribas responsáveis por seu uso, já que nem todos faziam utilização das abreviaturas. Por fim, a investigação elucida como o uso da paleografia é importante para os estudos linguísticos e filológicos, uma vez que sem a leitura paleográfica não se pode identificar as minúcias textuais.

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Biografia do Autor

Marcelo Módolo, Universidade de São Paulo, São Paulo, São Paulo, Brasil.

Professor Doutor do Departamento de Letras Clássicas e Vernáculas da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo, Brasil, e bolsista de produtividade em pesquisa do CNPq – nível 2 (processo número 308793/2019-6).

Helena de Oliveira Belleza Negro, Centro Universitário UniSant’Anna, São Paulo, São Paulo, Brasil.

Graduada em Letras pela Universidade de São Paulo (2007). É mestre (2010) e doutora (2017) em Filologia e Língua Portuguesa pela mesma Universidade. Atualmente é professora de Metodologia do Ensino da Língua Portuguesa e Comunicação e Expressão no Centro Universitário UniSant’Anna.

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Publicado

30-12-2021

Edição

Seção

Artigos - Dossiê Temático