Literatura-mundo: modos de olhar, modos de saber
DOI:
https://doi.org/10.35520/mulemba.2023.v15n28a57448Keywords:
literatura-mundo, Virgílio de Lemos, cânone, decolonialismo, epistemologiaAbstract
O presente trabalho tem por objetivo aprofundar o debate sobre questões epistemológicas centrais em torno da categoria literatura-mundo, em especial: o que é, para que serve e como se aplica. Metodologicamente, valemo-nos da poética de Virgílio de Lemos e das reflexões já iniciadas por Inocência Mata e outras autoras sobre o conceito. A literatura-mundo trata-se de um modo de circulação e leitura descentrada de textos, incorporando-se a cada sistema todos os textos que circulam fora do seu sistema de origem, quebrando com as amarras do dualismo nacional/estrangeiro, universal (cânone)/marginal. Serve, portanto, ao progresso dos estudos literários enquanto categoria analítica crítica, questionando relações hegemônicas e pós-coloniais no campo da cultura e, notadamente, da literatura. Por fim, o pluralismo epistemológico é apontado como norte, ao que Mata aposta na imputação de tradições literárias pensadas como improváveis como ponto de partida da análise.
References
BUESCU, Helena. Literatura-mundo comparada e os mundos em português. Revista Brasileira de Literatura Comparada, v. 19, n. 32, p. 89–92, 22 dez. 2017. Disponível em: <https://revista.abralic.org.br/index.php/revista/article/view/441>. Acesso em: 22 jun. 2021.
FEYERABEND, Paul. Contra o método. São Paulo: Ed. UNESP, 1977.
FIGUEIREDO, Euridice. Literatura comparada: o regional, o nacional e o transnacional. Revista Brasileira de Literatura Comparada, v. 15, n. 23, p. 31–48, 4 fev. 2017. Disponível em: <https://revista.abralic.org.br/index.php/revista/article/view/311>. Acesso em: 18 maio 2021.
FONSECA, Ana Margarida. Em português nos entendemos? Lusofonia, literatura-mundo e as derivas da escrita. Configurações. Revista Ciências Sociais, n. 12, p. 105–116, 1 dez. 2013. DOI 10.4000/configuracoes.2041. Disponível em: <http://journals.openedition.org/configuracoes/2041>. Acesso em: 22 jun. 2021.
INFANTE DA CÂMARA, Patrícia. Literatura comparada e literatura-mundo: enquadramento disciplinar. 1616: Anuario de Literatura Comparada, v. 9, n. 0, p. 273, 21 dez. 2019. DOI 10.14201/161620199273283. Disponível em: <http://revistas.usal.es/index.php/1616_Anuario_Literatura_Comp/article/view/161620199273283>. Acesso em: 18 maio 2021.
LEAL, Luciana Brandão. Virgílio de Lemos: poesia em trânsito. 2018. 243 f. Tese – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, 2018. Disponível em: <http://www.biblioteca.pucminas.br/teses/Letras_LealLBr_1.pdf>. Acesso em: 8 jun. 2021.
MATA, Inocência. A Mais-Valia epistemológica da categoria Literatura-Mundo comparada nos estudos literários e pós-coloniais. Estudos de Sociologia, v. 1, n. 26, p. 111–135, 21 ago. 2020. Disponível em: <https://periodicos.ufpe.br/revistas/revsocio/article/view/248002>. Acesso em: 8 jun. 2021.
MATA, Inocência. Estudos pós-coloniais: Desconstruindo genealogias eurocêntricas. Civitas - Revista de Ciências Sociais, v. 14, p. 27–42, 2014. DOI 10.15448/1984-7289.2014.1.16185. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/civitas/a/jxc4QhSqpW7xtDBWRPwczkj/abstract/?lang=pt>. Acesso em: 13 jun. 2021.
MATA, Inocencia. Literatura-Mundo em Português: Encruzilhadas em África. 2013. Disponível em: <https://www.academia.edu/8950325/Literatura_Mundo_em_Portugu%C3%AAs_Encruzilhadas_em_%C3%81frica>. Acesso em: 8 jun. 2021.
MORAES, Luana Aparecida; NADAL, Beatriz Gomes. Educação anarquista: contribuições para a escola e uma educação autêntica. Revista HISTEDBR On-line, v. 17, n. 4, p. 1078–1095, 21 dez. 2017. DOI 10.20396/rho.v17i4.8651241. Disponível em: <https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/histedbr/article/view/8651241>. Acesso em: 20 mar. 2020.
PEREIRA, Oswaldo Porchat. A autocrítica da razão no mundo antigo. In: SILVA FILHO, Waldomiro José da (org.). O ceticismo e a possibilidade da filosofia. Ijui: Unijuí, 2005. p. 9–19.
SILVA, Jane Quintiliano Guimarães; MOREIRA, Terezinha Taborda. Escrita e performance. Scripta, v. 23, n. 47, p. 7–10, 24 maio 2019. Disponível em: <http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/article/view/20246>. Acesso em: 8 jun. 2021.
VIEGA, Marla; VANDENBERGHE, Luc. Behaviorismo: reflexões acerca da sua epistemologia. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, v. 3, n. 2, p. 09–18, dez. 2001. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S1517-55452001000200002&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt>. Acesso em: 26 abr. 2021.
ZAMITIZ, Héctor. Aspectos histórico-conceptuales del escepticismo: una aproximación al estudio del escepticismo en la política. Revista Mexicana de Ciencias Políticas y Sociales, v. 39, n. 157, 24 jun. 2015. DOI http://dx.doi.org/10.22201/fcpys.2448492xe.1994.157.49875. Disponível em: <http://www.revistas.unam.mx/index.php/rmcpys/article/view/49875>. Acesso em: 2 fev. 2021.
Downloads
Published
Issue
Section
License
Authors who publish with this journal agree to the following terms:
- Authors retain copyright and grant the journal right of first publication with the work simultaneously licensed under a Creative Commons Attribution License that allows others to share the work with an acknowledgement of the work's authorship and initial publication in this journal.
- Authors are able to enter into separate, additional contractual arrangements for the non-exclusive distribution of the journal's published version of the work (e.g., post it to an institutional repository or publish it in a book), with an acknowledgement of its initial publication in this journal.
- Authors are permitted and encouraged to post their work online (e.g., in institutional repositories or on their website) prior to and during the submission process, as it can lead to productive exchanges, as well as earlier and greater citation of published work (See The Effect of Open Access).