Escrever, conhecer: a procura da sociedade africana na poesia de Paula Tavares
DOI:
https://doi.org/10.35520/mulemba.2019.v11n21a31262Resumen
Em entrevista concedida três anos após a publicação de seu livro de estreia, Ritos de passagem, de 1985, Paula Tavares falava da importância da região onde nasceu, a Huíla, no sul de Angola, para a configuração de sua poética. Nos seus termos, tratava-se de um lugar que “era o limite entre duas sociedades bem distintas: a sociedade europeia [...] [e] uma sociedade africana que era ignorada pela sociedade europeia”. Da sociedade africana procurava se aproximar essa poesia, buscando alguma compreensão de coisas que “escapavam” à autora, mas que ela “desejava perceber”. Apresentava-se, então, a poesia como instrumento para o conhecimento de um mundo que não se conseguia “compreender inteiramente”. A partir de algumas sugestões que recolho em um texto de Amílcar Cabral (“O papel da cultura na luta pela independência”) a respeito do conceito de cultura e da constituição das sociedades africanas modernas, bem como da análise de três poemas de diferentes momentos da obra de Tavares, procuro observar alguns dos modos como a poética em questão realiza a aproximação que tem em vista, considerando-se certas potencialidades e limitações que aí entram em jogo.Descargas
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Los autores que publican en esta revista concuerdan con los siguientes términos:
- Los autores mantienen los derechos autorales y conceden a la revista el derecho de primera publicación, con el trabajo simultáneamente licenciado bajo la Licencia Creative Commons Attribution que permite compartir el trabajo con reconocimiento de la autoría y publicación inicial en esta revista.
- Los autores tienen autorización para asumir contratos adicionales separadamente, para distribución no exclusiva de la versión del trabajo publicada en esta revista (ej.: publicar en repositorio institucional o como capítulo de libro), con reconocimiento de autoría y publicación inicial en esta revista.
- Los autores tienen permiso y son estimulados a publicar y distribuir su trabajo online (ej.: en repositorios institucionales o en su página personal) en cualquier momento antes o durante el proceso editorial, ya que eso puede generar alteraciones productivas, así como aumentar el impacto y la citación del trabajo publicado (Vea El Efecto del Acceso Libre).