A desaceleração rudimentar da economia brasileira desde 2011

Autores

  • Franklin Serrano Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ)
  • Ricardo Summa Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ)

Palavras-chave:

Economia Brasileira, Contração Fiscal, Política Econômica no Brasil

Resumo

Ao contrário do período de crescimento mais alto entre 2004 e 2010, que resultou de uma combinação de uma grande melhoria nas condições externas com uma mudança bem menor na direção de uma política macroeconômica mais pragmática e expansionista, argumentamos que a redução drástica da taxa de crescimento da economia brasileira a partir de 2011 se deveu relativamente mais a mudanças na condução da política macroeconômica interna do que às mudanças na situação externa. Avaliando criticamente esta nova combinação de políticas, concluímos que estas fracassaram na redução da inflação e não levaram o país a um padrão de crescimento com mais investimento em relação ao consumo (públicos e privados), tendo reduzido o crescimento tanto do investimento quanto do consumo, sendo que o crescimento do investimento se reduziu bem mais do que o do consumo. Concluímos que estas novas políticas resultam do acirramento do conflito distributivo com o aumento da resistência salarial (devido à queda tendencial da taxa de desemprego e ao aumento real do salário mínimo), combinado com o fim do período de continua valorização da taxa de câmbio real e de tentativas de compensar a diminuição da taxa de juros real (e assim das rendas da propriedade em geral).

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Biografia do Autor

Franklin Serrano, Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IE/UFRJ)

http://lattes.cnpq.br/1416470002003585

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Publicado

2012-12-31

Edição

Seção

Artigos e Ensaios