VOZERIO
agências sônicas entre rua e rio
DOI :
https://doi.org/10.60001/ae.n49.15Mots-clés :
Urbanismo performativo, Agência sônica, Rio dos Seixos, VOZERIO, Pedagogia experimentalRésumé
Partimos de uma ação coletiva de escuta a um ser mais-que-humano enterrado vivo em Salvador, Bahia, em 2023 – VOZERIO. Ao refletir sobre agências sônicas, pedagógicas e urba nístico-performativas, este texto apresenta um percurso por camadas de tempos e ações de transformação urbana, que, conforme avança, se aprofunda na materialidade, em vibrações e fluxos que as constituem. Com início na ação de 2023, passando por obras públicas de 2008 e 1947, o artigo deságua em aldeias tupinambás pós-colonização (entre 1510 e 1557) em busca de compor uma espécie de documento sonoro do qual participam vozes diversas, humanas e mais-que-humanas. Em direção a pedagogias experimentais e a sociabilidades fundamentadas na diferença, que rompam com a lógica segregacionista moderna, figuras sonoras emergem como ressonâncias: conceitos, vozes e coisas que retornam na escrita e fazem tremer estruturas urbanísticas e arquivísticas diante da experimentação de uma escuta performativa.
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