“Iniji” entre Michaux, Le Clézio e Helder
Resumo
Reflito aqui sobre a recepção do poema “Iniji”, de Henri Michaux (1962). Concentro-me nas apropriações de dois de seus arrebatados leitores: J.M.G. Le Clézio, que, em 1978, responde ao “Iniji” de Michaux com um escrito homônimo tão formidável quanto difícil de classificar; e Herberto Helder, que, em 1998, publica juntos os “Inijis” de Le Clézio e de Michaux, em traduções que, sabemos, teria preferido chamar de escritos “mudados para o português”. É atentando à circulação de “Iniji” por entre as páginas desses três autores que abordo o jogo entre criação, tradução e crítica, tema deste volume. Escrevo tentando desdobrar a percepção de que uma forma singular desse jogo se deixa flagrar em ato nesse circuito – o que promete tanto nutrir a discussão teórica aqui mobilizada, quanto transformar sensivelmente as possibilidades do jogo. Minha discussão apela à noção derridiana de contra-assinatura.
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