Sócrates na Gamboa ou a réplica de Íon
Resumo
O diálogo platônico Íon comporta uma célebre crítica à poesia na forma de uma diatribe contra a arte rapsódica. No texto, Sócrates argumenta contra o rapsodo Íon de que o poeta não possui nem uma técnica nem um saber próprios, mas que compõe segundo inspiração divina. Estupefato diante do argumento socrático, Íon se cala e aceita tal condição como verdadeira. O presente trabalho, entretanto, ousa perguntar, e se Íon não se calasse, e se ele tivesse respondido? Ou ainda, e se a resposta foi dada alguns milênios depois? Pois se sairmos do mundo ático e fizermos uma viagem temporal para uma cidade também conhecida por seus aedos e rapsodos, e também marcada pela tragédia da escravidão, encontraremos duas canções poetizadas por Paulo César Pinheiro, e famosas na rapsódia de João Nogueira. A exegese delas nos permitirá confrontar Sócrates, pois há nelas precisamente aquilo que Íon deveria ter dito.
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