Zona cinza ou para além do cubo branco e da caixa preta

Autores

DOI:

https://doi.org/10.60001/ae.n47.3

Resumo

O crescente aumento de instalações de imagem em movimento nos ambientes expositivos no início dos anos 2000 trouxe a discussão da migração das imagens do cinema para a arte contemporânea, que ocorreu, principalmente, por seu viés econômico. Além dos conceitos de cubo branco e caixa preta, instâncias controladoras e disciplinadoras dos corpos, o artigo apresenta a expressão zona cinza, como lugar de conflito, confluência e assentamento de questões do audiovisual em exposições, em especial, as de grande formato e temporárias, como as bienais.

Palavras-chave:

Zona cinza. Instalação de imagem em movimento. Audiovisual. Bienal de São Paulo. Biennale di Venezia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Cássia Hosni, Universidade de São Paulo

Doutora na área de Projeto, Espaço e Cultura, pela FAUUSP, foi bolsista FAPESP, com Bolsa Estágio de Pesquisa no Exterior na Università Iuav di Venezia e no Archivio Storico delle Arti Contemporanee, da Biennale di Venezia, Itália (2019, 2020). É bacharel em artes visuais pelo Centro Universitário Belas Artes de São Paulo, e mestra em Multimeios pela Universidade Estadual de Campinas Email: cassiath@gmail.com

Referências

BALSOM, Erika. Editioning the moving image: old problems and new possibilities. [Barcelona, s.n.], 2015. 1 video (54 min). Publicado pelo canal Loop Barcelona. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=g0VyIwlIVpY&t=1367s. Acesso em: 10 fev. 2024.

BALSOM, Erika. Exhibiting cinema in contemporary art. Amsterdam: Amsterdam University Press, 2013.

BARAÚNA, Danilo Nazareno Azevedo. Besideness: distance and proximity as queer disorientation to inhabit projective moving image installations. Frames Cinema Journal, v. 20, p. 37-66, 2022.

BARTHES, Roland. En sortant du cinema. Communications: Psychanalyse et Cinéma, n. 23, p. 104-107, 1975. Disponível em: https://www.persee.fr/doc/comm_0588-8018_1975_num_23_1_1353. Acesso em: 5 ago. 2020.

BISHOP, Claire. Black box, white cube, gray zone: dance exhibitions and audience attention. Project MUSE. TDR: The Drama Review, Baltimore, v. 62, n. 2, p. 22-42, 2018.

ELSAESSER, Thomas. Cinema como arqueologia das mídias. São Paulo: Edições Sesc-São Paulo, 2018.

FILIPOVIC, Elena. The global white cube. On Curating: Politics of Display, Zürich, n. 22, p. 45-60, 2014.

FLUSSER, Vilém. Filosofia da caixa preta: ensaios para uma filosofia da fotografia. São Paulo: É Realizações Editora, 2018.

ILES, Chrissie (org.). Into the light: the projected image in American art 1964-1977. New York: Whitney Museum, 2001.

KLEE, Paul. Paul Klee. Nova York: Parkstone International, 2015.

O’DOHERTY, Brian. No interior do cubo branco: a ideologia do espaço da arte. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

PAÏNI, Dominique. Reflexões sobre o “cinema exposto”. In: MACIEL, Katia (org.). Cinema sim. São Paulo: Itaú Cultural, 2008.

PANTENBURG, Volker. Sobre o passado do cinema no presente da arte – instalações de Harun Farocki. In: MOURÃO, Maria Dora G.; BORGES, Cristian; MOURÃO, Patrícia (orgs.). Harun Farocki: por uma politização do olhar. São Paulo: Cinemateca Brasileira, 2010.

PENA, Victor Hermann Mendes. Zona cinza: como perceber a catástrofe? Tese (Doutorado em Teoria da Literatura e Literatura Comparada) – Faculdade de Letras, Universidade Federal de Minas Gerais, 2020.

SMITHSON, Robert. A cinematic utopia. Artforum, New York, v. 26, p. 53-55, 1971.

SITNEY, Sky. The search for the invisible cinema. Grey Room, n. 19, 2005.

UROSKIE, Andrew. Between the black box and the white cube: expanded cinema and postwar art. Chicago/London: University of Chicago Press, 2014.

Downloads

Publicado

07-08-2024