A escuta clínica
entre a psicologização e a análise fenomenológico-existencial
Palavras-chave:
Escuta clínica, Psicologização, Fenomenologia, Análise existencialResumo
Foucault questionou a produção do fenômeno da psicologização pela escuta clínica psicológica, desdobramento do diálogo confessional. Se a crítica se dirige à psicanálise e suas práticas, não se pode ignorar o referencial rogeriano, que define como devem ser a escuta e o diálogo clínicos. Se há riscos e armadilhas de uma escuta confessional, psicologizante ou surda, intenta-se mostrar que a escuta fenomenológica surge como simplesmente um modo de corresponder ao que aparece e se mostra a partir de si mesmo, modo esse que é a suspensão, presente tanto no paciente quanto pode ser incrementado pelo psicoterapeuta em uma posição de negatividade perante o que lhe chega. Esta posição é a da fenomenologia-hermenêutica e análise existencial de Heidegger. Nem toda escuta clínica será confessional ou psicologizante uma vez que tais práticas são tardias em relação ao que marca o existente em seu modo de ser mais próprio: aquele a quem interessam o próprio existir e os outros existentes.
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