A escuta clínica

entre a psicologização e a análise fenomenológico-existencial

Autores

  • Cristine Monteiro Mattar Universidade Federal Fluminense (UFF)

Palavras-chave:

Escuta clínica, Psicologização, Fenomenologia, Análise existencial

Resumo

Foucault questionou a produção do fenômeno da psicologização pela escuta clínica psicológica, desdobramento do diálogo confessional. Se a crítica se dirige à psicanálise e suas práticas, não se pode ignorar o referencial rogeriano, que define como devem ser a escuta e o diálogo clínicos. Se há riscos e armadilhas de uma escuta confessional, psicologizante ou surda, intenta-se mostrar que a escuta fenomenológica surge como simplesmente um modo de corresponder ao que aparece e se mostra a partir de si mesmo, modo esse que é a suspensão, presente tanto no paciente quanto pode ser incrementado pelo psicoterapeuta em uma posição de negatividade perante o que lhe chega. Esta posição é a da fenomenologia-hermenêutica e análise existencial de Heidegger. Nem toda escuta clínica será confessional ou psicologizante uma vez que tais práticas são tardias em relação ao que marca o existente em seu modo de ser mais próprio: aquele a quem interessam o próprio existir e os outros existentes.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2025-04-15