Aprender a angustiar-se na paciência
Palavras-chave:
Angústia, Desespero, Paciência, Serenidade, EscutaResumo
Quando tocamos a leitura de um texto ou da alma do outro, estamos tocando algo que possui a mesma textura. Na poética pessoana, a alma possui a mesma constituição da palavra. Da mesma forma que um texto pode se velar ao intérprete, a alma também pode velar-se sutilmente diante do observador. Nas cercanias desse velamento, desesperamo-nos mediante a fragilidade do nosso próprio limite que se mostra incapaz de interpretar a palavralma. Para amainar a desesperação que concorre com a angústia, valemo-nos habitualmente dos pressupostos estabelecidos pela metodologia ou epistemologia. Entretanto, tal valência nos demove da simples possibilidade de ver e conduz a nossa desesperação apenas a um estado de momentânea latência. A espera na paciência é a resistência que pode nos resguardar dos desígnios hermenêuticos estabelecidos, deixando que a própria alma vivencie uma nova possibilidade de interpretar/ver que se descortina na escuta da liberdade da angústia.
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