A temporalização da existência e a escuta clínica
Palavras-chave:
Escuta, Temporalidade, Cuidado, DaseinsanáliseResumo
A escuta e o silêncio são aspectos essenciais do discurso. Sob a perspectiva daseinsanalítica, escutar é o próprio ser aberto do ser-aí. Mas, são igualmente constitutivos da escuta diversos modos privativos como o não querer escutar, o escutar indiferente, o resistir, o defender-se, o opor-se. Assim como o discurso da cotidianidade mediana tem o seu modo característico como falatório impessoal, a escuta que lhe é própria também sofre as inflexões restritivas do modo de abertura da impessoalidade cotidiana. Se, a escuta psicoterapêutica pode ser entendida como um cuidado que antecipa possibilidades encobertas, permitindo que o ser-aí as torne manifestas no discurso e se relacione com elas de modo mais próprio, essa escuta deve, antes de tudo, deixar despertar e cultivar as disposições afetivas cujo modo de temporalização suspende e silencia o falatório impessoal da ocupação cotidiana.
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