VARIAÇÃO SAZONAL DO EPIFITISMO POR MACROALGAS EM UMA POPULAÇÃO DE Sargassum vulgare C. AGARDH (PHAEOPHYCEAE, FUCALES) DA BAÍA DA ILHA GRANDE, RIO DE JANEIRO

Autores

  • Maria Teresa Menezes de Széchy Universidade Federal do Rio de JAneiro
  • Anderson Domenique Faria de Sá Universidade Federal do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

Baia da Ilha Grande, costão rochoso, epífitas, estrutura de comunidades, macroalgas, Sargassum, sazonalidade.

Resumo

O epifitismo e uma variavel importante no estudo da estrutura das comunidades marinhas bentonicas. Em costoes rochosos, o epifitismo por macroalgas resulta em maior numero de estratos, heterogeneidade de habitats e diversidade especifica, constituindo recursos diversos para a fauna associada. Variacoes temporais no numero de especies e na biomassa de macroalgas epifitas sao descritas na literatura, sendo relacionadas, em alguns estudos, ao grau de desenvolvimento das macroalgas-substrato. Para a macroalga-substrato Sargassum, os estudos existentes nao sao suficientes para definir um padrao de relacao entre o seu desenvolvimento vegetativo e o de suas epífitas. Este trabalho teve por objetivos descrever a variação sazonal em aspectos qualitativos e quantitativos de macroalgas epífitas em Sargassum vulgare de uma população de Angra dos Reis, Baia da Ilha Grande, Rio de Janeiro, e avaliar a relação do grau de epifitismo com o desenvolvimento vegetativo da macroalga-substrato. Coletas aleatórias de 20 indivíduos adultos de S. vulgare da praia das Gordas, Angra dos Reis, foram realizadas em fevereiro, maio, julho e outubro de 2001. As macroalgas epífitas, excetuando-se as calcarias crostosas, foram separadas por tipo morfofuncional, secas em estufa e pesadas. Foram identificadas 46 espécies de macroalgas (27 Rhodophyta, oito Ochrophyta e 11 Chlorophyta). Ceramiales (14 espécies) e tipo morfofuncional filamentoso (17 espécies) foram os grupos mais representativos em termos de numero de espécies epífitas. O número de espécies de macroalgas epífitas por individuo de S. vulgare foi 7,6, em media. Jania adhaerens e J. capillacea foram as epífitas mais frequentes ao longo do estudo. No verão, foram encontrados os maiores valores para massa seca de macroalgas epífitas, bem como para altura e massa úmida de S. vulgare; estas variáveis, no entanto, não mostraram relacao linear entre si.


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Publicado

2009-12-02