A GENTE APARECE NAS HISTÓRIAS QUE CONTA

Narrativa e potência descolonial

Authors

  • Julia Bardi Unicamp

DOI:

https://doi.org/10.59488/754

Abstract

Um mesmo acontecimento pode ser vivenciado desde posições diversas. Relatos e histórias não são universais, apesar de a modernidade, com seu duplo da colonialidade (MIGNOLO, 2017), ter atuado para reduzir as multiplicidades de experiências, e as formas de estar e saber no mundo, ao instituir o eurocentrismo como posição universal e geral: a ciência como único saber válido, o mundo desencantado como única experiência “real”, o entendimento de tempo linear como única forma de temporalidade, e a história como sucessão irreversível de fatos dissociados e estanques. Este artigo advoga pela ampliação do reconhecimento de referenciais, epistemes e posições que ensejem outros mundos possíveis. A reflexão foi inspirada pela observação de uma aluna, relatada no artigo. Há uma discussão sobre a colonialidade - em seus matizes de poder, ser e saber – e da opção decolonial. Por fim, sugiro que narrativa e oralidade podem ser consideradas como possíveis caminhos de reconhecimento-construção de outros marcos, diversos do hegemônico eurocêntrico colonial.

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Published

2025-04-19