Perspectivas sobre a acessibilidade para estudantes surdocegos: diálogos entre comunicação, práticas pedagógicas e tecnologia assistiva

Lara Gontijo de Castro Souza; Mônica  Maria Farid Rahme; Terezinha Cristina da Costa Rocha

doi:10.31513/linguistica.2025.v21n1a66193

Autores

Lara Gontijo de Castro Souza Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) https://orcid.org/0009-0001-1336-5290
Mônica Maria Farid Rahme Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) https://orcid.org/0000-0003-2123-2989
Terezinha Cristina da Costa Rocha Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) https://orcid.org/0000-0002-7953-9484

DOI:

https://doi.org/10.31513/linguistica.2025.v21n1a66193

Resumo

Neste artigo, são discutidos os processos de acessibilidade e inclusão de estudantes surdocegos, abordando as práticas pedagógicas, as formas de comunicação e o uso de tecnologias assistivas. As análises fazem parte de um estudo desenvolvido no estado de Minas Gerais, focado em compreender as estratégias adotadas por profissionais da educação para promover a inclusão desses estudantes. O objetivo do estudo foi investigar como os profissionais da educação têm construído práticas de acessibilidade e inclusão com estudantes surdocegos e como a tecnologia assistiva tem sido utilizada com esses estudantes no contexto escolar. O delineamento teórico-metodológico do estudo foi qualitativo, com entrevistas semiestruturadas realizadas com educadores de três municípios mineiros - Belo Horizonte, Betim e Uberaba - nos quais identificou-se a presença de estudantes surdocegos. Os resultados versam sobre a diversidade de experiências observadas nas diferentes redes de ensino, refletindo as particularidades dos estudantes, a formação das profissionais e os desafios relacionados à comunicação e ao uso de tecnologia assistiva.
Palavras-chave: Estudantes surdocegos. Acessibilidade. Tecnologia assistiva. Práticas pedagógicas.

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Biografia do Autor

Lara Gontijo de Castro Souza, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação: conhecimento e inclusão social, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na linha de pesquisa Politicas Públicas de Educação, Mestre em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Bacharel em Sistemas de Informação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG), Formada em Instrutor de Libras pelo Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG), Premiada por Best Project on Deafblindness pela Deafblind Support Foundation "So-edinenie" (Rússia), Idealizadora do Projeto Escuridão e Silêncio (EeS), Integrante da Federación Latinoamericana de Sordociegos (FLASC), entre outros.

Mônica Maria Farid Rahme, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Graduei-me em Psicologia pela Faculdade de Ciências Humanas - Fundação Mineira de Educação e Cultura (1992), cursei o mestrado em Educação pela Universidade Federal de Minas Gerais (2002) e o doutorado em Educação pela Universidade de São Paulo (2010), com período de Bolsa Sanduíche na Université Paris Descartes (França). Por esse trabalho, recebi o Prêmio CAPES de teses 2011, referente à área de Educação. Em 2014, realizei Pós-doutorado no Departamento de Psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais. Como docente da Educação Básica, integrei o quadro de profissionais da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte entre os anos de 1993 a 2010, atuando na Educação Especial, Educação Infantil e nos anos iniciais do Ensino Fundamental, e em processos de formação continuada de professores(as), em serviço. Em cursos de graduação e pós-graduação, tenho experiência nas áreas de Educação e Psicologia. Atualmente, sou professora adjunta do Departamento de Ciências Aplicadas à Educação (DECAE/UFMG) e do Programa de Pós-Graduação em Educação, Conhecimento e Inclusão Social, onde coordenei a Comissão de Ações Afirmativas (agosto 2020 a julho 2022). Atuo, como colaboradora, no Programa de Pós-Graduação em Psicologia (FAFICH-UFMG). Participo do Projeto Arte e Diferença e do Grupo de estudos Corpos Mistos; da Rede Internacional de Pesquisa em Psicanálise, Educação e Política (RIPPEP); do Laboratório de Estudos e Pesquisas Psicanalíticas e Educacionais sobre a Infância LEPSI; da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia (ANPEPP). Coordena o Coletivo Diversa: Núcleo de Educação Especial, Tecnologias e Inclusão Escolar, que agrega professoras da área da Educação Especial - FaE/UFMG.

Terezinha Cristina da Costa Rocha, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais. Doutora em Educação pelo Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com período sanduíche na Universidade de Lancaster - Inglaterra. Mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas). Graduada em Filosofia pela PUC Minas. É coordenadora do Colegiado Especial das Formações Transversais da UFMG na Pró-Reitoria de Graduação; coordenadora da Formação Transversal em Acessibilidade e Inclusão da UFMG; membro do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale-UFMG); e desenvolve trabalhos em parceria com o Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI-UFMG). Os principais temas de interesse de pesquisa são: acessibilidade e inclusão; acessibilidade no ensino superior; letramentos acadêmicos; Língua Brasileira de Sinais (Libras); minorias linguísticas; e políticas linguísticas.