A importância do tato nas formas de comunicação dos surdocegos e na interação com o mundo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31513/linguistica.2025.v21n1a66200

Resumo

Esse texto propõe uma reflexão sobre a importância do tato nas formas de comunicação dos surdocegos, assim como a interação das pessoas com surdocegueira com o mundo ao seu redor. A partir de uma significativa curadoria de autores que se debruçam sobre o campo da surdocegueira, estabeleceu-se diálogos a respeito da importância do sistema háptico e toque ativo para o desenvolvimento da pessoa com surdocegueira. O texto se inicia com conceituações sobre surdocegueira e, posteriormente, aprofunda nas principais formas de comunicação dos surdocegos e os pré-requisitos existentes para cada uma dessas formas de comunicação. A partir de referenciais teóricos e diálogos entre eles constata-se que a percepção tátil é o pré-requisito mais necessário para a comunicação e sociabilização da pessoa com surdocegueira. Adiante reafirma-se a importância e valorização do tato como um significativo meio de comunicação sensorial, além da importância do sistema háptico e toque ativo para a pessoa com surdocegueira estabelecer uma melhor recepção cinestésica e cutânea. Culminando com a importância da comunicação háptica como um reconhecimento através da recepção tátil sobre as expressões emocionais, descrições de ambientes e mensagens direcionadas.
Palavras-chave: Surdocegueira. Sistema háptico. Tato ativo. Formas de comunicação.

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Biografia do Autor

Raffaela Lupetina, Instituto Benjamin Constant (IBC-Br)

Docente do Instituto Benjamin Constant (IBC) no Mestrado Profissional em Ensino na Temática da Deficiência Visual (MPEDV) e na educação básica de alunos com deficiência visual nos atendimentos de Psicomotricidade e de PEVI - Práticas Educativas para uma Vida Independente. Realizou estágio Pós-Doutoral em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação, Contextos Contemporâneos e Demandas Populares da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ). Realizou um segundo estágio Pós-Doutoral em Memória Social pelo Programa de Pós-Graduação em Memória Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). É Doutora em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Mestre em Educação pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Tem formação como Psicomotricista e Psicopedagoga, e formação inicial em Pedagogia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Coordena os grupos de pesquisa GPESBRA - Grupo de Pesquisa sobre o Sistema Braille e GPCADV - Grupo de Pesquisa Corpo e Acessibilidade na Deficiência Visual, ambos do IBC. Tem formação em Guia-Intérprete para atuar com pessoas com surdocegueira certificada pelo Grupo Brasil de Apoio ao Surdocego e ao Múltiplo Deficiente Sensorial. É membro da Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial (ABPEE) e da Associação Brasileira de Educadores de Deficientes Visuais (ABEDEV). É autora dos livros: "Histórias de vida de indivíduos com surdocegueira adquirida" (Ed. Appris, 2020), "Vozes Femininas: narrativas de professoras cegas" (Casa Editorial, 2022) que concorreu ao 65 Prêmio Jabuti na categoria Ciências Humanas. E "Uma porca chamada Joseffina" (Casa Kids, 2023) livro infantojuvenil em multiformato acessível (em tinta com letra ampliada, em Braille e audiolivro) que teve seu lançamento na 40 Bienal do Livro do Rio. Como resultado do Pós-Doutorado em Memória Social lançou em 2024 o Documentário "Vozes do conhecimento: memórias de professores cegos" em formato acessível: com audiodescrição, Libras e legenda descritiva. Desenvolve pesquisas majoritariamente sobre: Surdocegueira, Deficiência Visual, Sistema Braille, Audiodescrição e formação de professores.

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Publicado

2025-04-30