Jogos de linguagem e a educação matemática nas narrativas de/sobre surdocegos

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31513/linguistica.2025.v21n1a66272

Resumo

Este artigo tem por objetivo analisar as narrativas de/sobre pessoas surdocegas, a fim de identificar os jogos de linguagem praticados por esses sujeitos e as matemáticas que constituem. Para isso, partiu-se dos pressupostos da pesquisa narrativa e das pesquisas pós-críticas em educação para a realização de uma investigação bibliográfica de abordagem qualitativa, na qual os materiais empíricos são nove narrativas de/sobre pessoas surdocegas provenientes de obras (auto)biográficas. A partir do escrutínio dos materiais empíricos, elencou-se três eixos analíticos. No primeiro, acompanhados de narrativas que reconheciam o papel da matemática na vida dos surdocegos, verificou-se o status da Matemática Escolar na sociedade e nas formas de vida surdocegas. No segundo, observou-se a sua insuficiência por meio de narrativas que demonstraram experiências frustradas dos surdocegos quando lidavam com a representação hegemônica da matemática. Por fim, no terceiro, apresentou-se as matemáticas produzidas pelos sujeitos surdocegos e, a partir das narrativas e das discussões realizadas ao longo do trabalho, defendeu-se a tese de que as matemáticas surdocegas são pautadas por uma experiência sensorial específica, marcada pelo tato e pelas vivências particulares de cada sujeito.
Palavras-chave: Linguagem. Matemática. Surdocego.

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Biografia do Autor

Fernando Fogaça, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Doutor e Mestre em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Ensino de Matemática (PPGEMAT) e professor de Libras da Faculdade de Educação da mesma instituição. Coordenador do Grupo de Estudos Psicologia, Educação, Matemática e Sociedade (GEDEPEMS) e pesquisador do Grupo de Pesquisa Educação, Neoliberalismo e Sujeitos Escolares (GPense).

Victoria Luiza Vargas dos Santos, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Mestra em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Gestora escolar do município de Esteio-RS. Pesquisadora do Grupo de Estudos Psicologia, Educação, Matemática e Sociedade (GEDEPEMS) e do Grupo de Pesquisa Educação, Neoliberalismo e os Sujeitos Escolares (GPense).

Fernanda Longo, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Doutora e Mestra em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Pesquisadora do Grupo de Estudos Psicologia, Educação, Matemática e Sociedade (GEDEPEMS) e do Grupo de Pesquisa Educação, Neoliberalismo e Sujeitos Escolares (GPense).

Ana María Bermúdez Alfaro, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Doutoranda em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Mestra em Antropologia pela Universidad Nacional de Colombia (UNAL). Pesquisadora do Grupo de Estudos Psicologia, Educação, Matemática e Sociedade (GEDEPEMS) e do Grupo de Pesquisa Educação, Neoliberalismo e Sujeitos Escolares (GPense).

Matheus Trindade Velasques, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Doutorando em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Mestre em Letras pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel). Professor do Instituto Federal Catarinense (IFC). Pesquisador do Grupo de Estudos Psicologia, Educação, Matemática e Sociedade (GEDEPEMS) e do Grupo de Pesquisa Educação, Neoliberalismo e Sujeitos Escolares (GPense).

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Publicado

2025-04-30